Legislativo não quer ser sabotador, diz Renan ao apresentar a Agenda Brasil
A Agenda Brasil foi apresentada nesta 3ª feira, 11.08, no plenário do Senado, pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ela prevê, entre outras medidas, a votação de 27 proposições legislativas que objetivam aumentar a confiança dos investidores na economia do país.
O documento foi motivo de encontro na 2ªfeira, 10.08, de Renan e líderes partidários com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, na residência da presidência do Senado.
Propostas relacionadas à responsabilidade fiscal também vão entrar no pacote, como a emenda constitucional que proíbe o governo federal de adotar medidas que aumentem os gastos dos estados e municípios sem apontar fonte de receita. Outras são polêmicas, como a que possibilita a cobrança por procedimentos no SUS Sistema Único de Saúde por faixa de renda.
Ao fazer o anúncio da Agenda Brasil, Renan, que também preside o Congresso Nacional, disse que o Legislativo quer colaborar para o fim da crise.
“Não é uma colaboração do Senado Federal, é uma colaboração do Legislativo. Nós queremos ser vistos como facilitadores e não como sabotadores."
O senador lembrou que o sistema legislativo é bicameral e afirmou que “todas as sugestões serão bem recebidas”.
“Discutir o impeachment todos os dias não resolve a crise econômica”, disse o senador, que defende "a separação das crises". “O governo Dilma Rousseff não é o Brasil. O reducionismo é impróprio. O governo Dilma, como todos sabem, tem data para acabar, e o Brasil vai continuar existindo",
afirmou.
Em seguida, Renan convidou os senadores para uma nova reunião com o ministro da Fazenda 4ª feira, 12.08, às 16h, quando o governo dará resposta sobre as propostas com as quais concorda.
“Se o governo entender que é o caso, daremos início a esse processo que é urgente",
disse.